A síndrome metabólica foi, primeiramente, descrita na década de 80, quando se observou a associação de doenças como hipertensão, alterações na glicemia e colesterol, com obesidade. Essas condições estavam unidas pela presença da chamada resistência insulínica.
A insulina é o hormônio responsável por retirar a glicose do sangue e levá-la às células do organismo. A resistência insulínica corresponde a uma dificuldade desse hormônio em exercer suas funções e, geralmente, está associada à obesidade.
O diagnóstico da síndrome é feito quando três ou mais dos seguintes fatores estiverem presentes:
- Aumento da cintura abdominal > 102 cm em homens e > 88 cm em mulheres
- HDL-colesterol < 40mg/dl em homens e < 50 em mulheres
- Triglicérides > 150mg/dl
- Hipertensão arterial > 135/85mmHg ou se estiver sob uso de alguma medicação anti-hipertensiva
- Glicemia > 110mg/dl ou diagnóstico de Diabetes Mellitus
Apesar de pouco sintomática, a síndrome metabólica está associada a uma mortalidade cardiovascular três vezes maior do que na população normal. O aumento da atividade física, o controle dietético e a perda de peso são os pilares do tratamento da síndrome, porém, podem ser necessários medicamentos coadjuvantes.
Entre eles, estão os sensibilizadores de insulina (metformina), que ajudam a reduzir a glicemia e a promover perda de peso, os anti-hipertensivos e os hipolipemiantes, como, por exemplo, as estatinas.
O endocrinologista é o especialista mais apropriado na abordagem desses pacientes.
Na Clínica Endocardio, a Dra. Victória Cardoso (CRM 55.105), especialista em Endocrinologia e Metabolismo pela Unicamp, realça a importância do diagnóstico precoce, com mudanças do estilo de vida, visando ao bem-estar e à prevenção de eventos cardiovasculares futuros.