Era uma terça-feira comum quando Fred Silva, 24 anos, postou sua última foto no Instagram. O jovem estudante de educação física de Ribeirão Preto aparecia sorrindo no espelho da academia, músculos definidos, pose confiante. A legenda dizia: “Foco, força e fé. O shape não para de crescer 💪 #nopainnogain #cycle4”
Três dias depois, Fred estava internado na UTI do Hospital das Clínicas, vítima de um infarto agudo do miocárdio. Aos 24 anos.
O Jovem Por Trás dos Músculos
Fred não era diferente de milhares de jovens brasileiros. Filho de uma família de classe média, sempre foi dedicado aos estudos e ao esporte. Começou a frequentar a academia aos 18 anos, inicialmente apenas para “ganhar um corpo melhor”.
“Ele sempre foi muito certinho, nunca fumou, quase não bebia”, conta Maria Silva, sua mãe. “Quando começou a ficar musculoso, ficamos até orgulhosos. Achávamos que ele estava saudável.”
O que a família não sabia é que, há dois anos, Fred havia entrado no mundo dos anabolizantes. Começou com um “ciclo leve” de Durateston, incentivado por colegas da academia que garantiam: “É só hormônio, cara. Até médico receita.”
O Dia Que Mudou Tudo
Era um sábado de treino de peito. Fred havia aplicado sua dose semanal de Durateston na quinta-feira. Estava no meio da série de supino quando sentiu uma dor estranha no peito. “Pensei que era só cansaço”, relatou depois. “Terminei o treino. A dor continuou, mas achei que era músculo.”
Três horas depois, enquanto almoçava com a família, a dor se intensificou. Suor frio. Náusea. Dificuldade para respirar. “Mãe, acho que tem algo errado”, foram suas últimas palavras antes de desmaiar à mesa.
O resultado: infarto do miocárdio em um jovem de 24 anos, sem histórico familiar de problemas cardíacos.